1 - RITOS INICIAIS
1.1. Saudação
1.2. Ato penitencial
1.3. Hino de louvor - Glória
1.4. Oração coleta
2 - LITURGIA DA PALAVRA
2.1. Leituras
2.2. Homilia
2.3. Profissão de fé
2.4. Oração universal
3 - LITURGIA EUCARÍSTICA
3.1. Ofertório
3.2. Consagração
3.3. Ritos da comunhão
4 - RITOS FINAIS
NOTAS EXPLICATIVAS
1 - RITOS INICIAIS
Os cristãos congregam-se num mesmo lugar para a assembléia eucarística. À sua cabeça está o próprio Cristo, que é o ator principal da Eucaristia. Estamos todos membros de um só corpo, o corpo de Cristo. E estamos relacionados com as pessoas com quem oramos.
A mesa que é posta para nós na Eucaristia é, ao mesmo tempo, a da Palavra de Deus e a do corpo do Senhor.
1.1. Saudação
Inicia-se a Eucaristia com o sinal-da-cruz, uma expressão da nossa fé de que estamos reunidos em nome da Trindade.
1.2. Ato penitencial
É o ponto em que nos voltamos para o Senhor e nos abrimos para o seu perdão e para alcançar o perdão dos nossos semelhantes e de nós próprios.
Aqui damos corpo à Escritura que nos diz: "Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão". (Mt 5,23-24) Por isso é feito logo no início da Eucaristia.
1.3. Hino de louvor - Glória
No Glória, pronunciamos um louvor que é o louvor de Jesus perante o Pai. A Sua oração torna-se nossa, a nossa oração torna-se Sua. Por isso é um louvor poderoso!
Damos também eco ao louvor dos anjos que, na noite em que Jesus nasceu, diziam: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens que Ele ama!" (Lc 2, 14)
1.4. Oração coleta (própria do dia)
O sacerdote, ao orar de braços estendidos, reúne ou coleta (recolhe) as orações e preces dos fiéis e apresenta-as a Deus.
Quando o padre diz "Oremos", estamos a compartilhar a nossa vida de oração, pessoal e comunitária. O Papa Pio XII afirmou que a oração litúrgica alimenta a oração particular e a oração particular alimenta a oração litúrgica.
2 - LITURGIA DA PALAVRA
2.1. Leituras (próprias do dia)
Compreende os escritos dos Profetas (Antigo Testamento) e as memórias dos Apóstolos (Epístolas e Evangelhos). Nos dias de semana lê-se uma leitura do Novo Testamento, uma de um Salmo e um trecho de um Evangelho. Nos domingos e outros dias santos lê-se, adicionalmente, uma leitura do Antigo Testamento, uma de um Salmo e um trecho de um Evangelho.
No ciclo dos anos litúrgicos estes estão classificados em Ano A, Ano B e Ano C. Em cada um há um autor evangelista de base, que é lido durante todo o ano; outros evangelistas são lidos pontualmente. S. João é lido em todos os três anos, em circunstâncias específicas, nomeadamente nas grandes festas.
Ano A - S. Marcos
Ano B - S. Mateus
Ano C - S. Lucas
Para saber em que tipo de ano estamos, basta lembrar que o ano 2000 foi Ano B.
2.2. Homilia
É uma exortação, feita pelo celebrante, para que acolhamos a Palavra de Deus e a coloquemos em prática no nosso dia-a-dia. A Palavra de Deus é viva e destina-se a levar vida aos que a ouvem.
2.3. Profissão de fé
Nesta oração proclamamos publicamente a aceitação de Jesus e dos Seus ensinamentos.
2.4. Oração universal (própria do dia)
Também é chamada "Oração dos fiéis". É uma oração de intercessão. Nela pomos em prática a palavra do Apóstolo S. Paulo "Recomendo, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens, pelos reis e por todos os que exercem autoridade" (1Tim 2,1-2).
Nos documentos do Vaticano II afirma-se que a oração universal deve incluir a intercessão pelos "oprimidos por várias necessidades".
3 - LITURGIA EUCARÍSTICA
3.1. Ofertório
Também é chamado "apresentação das oferendas". Oferecemos ao Criador, em ação de graças, o que provem da sua Criação. A apresentação das oferendas sobre o altar coloca os dons do Criador nas mãos de Cristo: é Ele que, no seu sacrifício, leva à perfeição as tentativas humanas de oferecer sacrifícios.
Oferecemos o pão e o vinho, outros produtos do trabalho do homem, ofertas para a partilha com os necessitados e, sobretudo, devemos oferecer-nos a nós próprios, a nossa vida na situação exata em que se encontra e também todo o nosso futuro.
3.2. Consagração
No prefácio, a Igreja dá graças ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo por toda as suas obras: criação, redenção, santificação. Depois unimo-nos ao coro da Igreja celeste, proclamando que Deus é três vezes Santo.
Na epítese, o sacerdote pede ao Pai que envie o seu Santo Espírito sobre o pão e o vinho, para que se tornem, pelo seu poder, o corpo e sangue de Jesus Cristo, e para que todos os participantes na Eucaristia sejam um só corpo e um só espírito. Então, o corpo e o sangue de Cristo tornam-se sacramentalmente presentes, bem como o seu sacrifício oferecido na cruz.
Na anamnese, a Igreja relembra a paixão e ressurreição de Cristo e apresenta ao Pai a oferenda do seu Filho.
Na consagração compartilhamos a gloriosa ressurreição de Cristo, à medida que o seu Espírito faz dissipar-se em nós a falta de amor por Deus e pelos nossos semelhantes.
Ao mesmo tempo que o pão e o vinho são transformados no corpo e sangue de Jesus, ocorre também uma transformação espiritual em todos os que participam na Eucaristia.
3.3. Ritos da comunhão
A Missa é simultaneamente o memorial sacrificial em que se perpetua o sacrifício da cruz e o banquete sagrado da comunhão do corpo e sangue do Senhor. Mas a celebração do sacrifício eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão.
"Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós" (Jo 6, 53).
Para respondermos a este convite, precisamos preparar-nos, através do sacramento da Reconciliação, do jejum prescrito pela Igreja e estando em união com os nossos irmãos. Por isso, os ritos da comunhão iniciam-se com a oração do Pai-nosso, que é a oração do relacionamento.
4 - RITOS FINAIS
Durante a bênção, que é o rito final, o padre, pelo poder da sagrada Ordem, envia os fiéis a dar testemunho, a amar e servir os irmãos.
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