quarta-feira, 15 de julho de 2009

A celebração litúrgica da Eucaristia



1 - RITOS INICIAIS

1.1. Saudação
1.2. Ato penitencial
1.3. Hino de louvor - Glória
1.4. Oração coleta

2 - LITURGIA DA PALAVRA

2.1. Leituras
2.2. Homilia
2.3. Profissão de fé
2.4. Oração universal

3 - LITURGIA EUCARÍSTICA

3.1. Ofertório
3.2. Consagração
3.3. Ritos da comunhão

4 - RITOS FINAIS

NOTAS EXPLICATIVAS

1 - RITOS INICIAIS

Os cristãos congregam-se num mesmo lugar para a assembléia eucarística. À sua cabeça está o próprio Cristo, que é o ator principal da Eucaristia. Estamos todos membros de um só corpo, o corpo de Cristo. E estamos relacionados com as pessoas com quem oramos.

A mesa que é posta para nós na Eucaristia é, ao mesmo tempo, a da Palavra de Deus e a do corpo do Senhor.

1.1. Saudação

Inicia-se a Eucaristia com o sinal-da-cruz, uma expressão da nossa fé de que estamos reunidos em nome da Trindade.

1.2. Ato penitencial

É o ponto em que nos voltamos para o Senhor e nos abrimos para o seu perdão e para alcançar o perdão dos nossos semelhantes e de nós próprios.

Aqui damos corpo à Escritura que nos diz: "Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão". (Mt 5,23-24) Por isso é feito logo no início da Eucaristia.

1.3. Hino de louvor - Glória

No Glória, pronunciamos um louvor que é o louvor de Jesus perante o Pai. A Sua oração torna-se nossa, a nossa oração torna-se Sua. Por isso é um louvor poderoso!
Damos também eco ao louvor dos anjos que, na noite em que Jesus nasceu, diziam: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens que Ele ama!" (Lc 2, 14)

1.4. Oração coleta (própria do dia)

O sacerdote, ao orar de braços estendidos, reúne ou coleta (recolhe) as orações e preces dos fiéis e apresenta-as a Deus.

Quando o padre diz "Oremos", estamos a compartilhar a nossa vida de oração, pessoal e comunitária. O Papa Pio XII afirmou que a oração litúrgica alimenta a oração particular e a oração particular alimenta a oração litúrgica.

2 - LITURGIA DA PALAVRA

2.1. Leituras (próprias do dia)

Compreende os escritos dos Profetas (Antigo Testamento) e as memórias dos Apóstolos (Epístolas e Evangelhos). Nos dias de semana lê-se uma leitura do Novo Testamento, uma de um Salmo e um trecho de um Evangelho. Nos domingos e outros dias santos lê-se, adicionalmente, uma leitura do Antigo Testamento, uma de um Salmo e um trecho de um Evangelho.

No ciclo dos anos litúrgicos estes estão classificados em Ano A, Ano B e Ano C. Em cada um há um autor evangelista de base, que é lido durante todo o ano; outros evangelistas são lidos pontualmente. S. João é lido em todos os três anos, em circunstâncias específicas, nomeadamente nas grandes festas.

Ano A - S. Marcos
Ano B - S. Mateus
Ano C - S. Lucas

Para saber em que tipo de ano estamos, basta lembrar que o ano 2000 foi Ano B.

2.2. Homilia

É uma exortação, feita pelo celebrante, para que acolhamos a Palavra de Deus e a coloquemos em prática no nosso dia-a-dia. A Palavra de Deus é viva e destina-se a levar vida aos que a ouvem.

2.3. Profissão de fé

Nesta oração proclamamos publicamente a aceitação de Jesus e dos Seus ensinamentos.

2.4. Oração universal (própria do dia)

Também é chamada "Oração dos fiéis". É uma oração de intercessão. Nela pomos em prática a palavra do Apóstolo S. Paulo "Recomendo, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens, pelos reis e por todos os que exercem autoridade" (1Tim 2,1-2).

Nos documentos do Vaticano II afirma-se que a oração universal deve incluir a intercessão pelos "oprimidos por várias necessidades".

3 - LITURGIA EUCARÍSTICA

3.1. Ofertório

Também é chamado "apresentação das oferendas". Oferecemos ao Criador, em ação de graças, o que provem da sua Criação. A apresentação das oferendas sobre o altar coloca os dons do Criador nas mãos de Cristo: é Ele que, no seu sacrifício, leva à perfeição as tentativas humanas de oferecer sacrifícios.

Oferecemos o pão e o vinho, outros produtos do trabalho do homem, ofertas para a partilha com os necessitados e, sobretudo, devemos oferecer-nos a nós próprios, a nossa vida na situação exata em que se encontra e também todo o nosso futuro.

3.2. Consagração

No prefácio, a Igreja dá graças ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo por toda as suas obras: criação, redenção, santificação. Depois unimo-nos ao coro da Igreja celeste, proclamando que Deus é três vezes Santo.

Na epítese, o sacerdote pede ao Pai que envie o seu Santo Espírito sobre o pão e o vinho, para que se tornem, pelo seu poder, o corpo e sangue de Jesus Cristo, e para que todos os participantes na Eucaristia sejam um só corpo e um só espírito. Então, o corpo e o sangue de Cristo tornam-se sacramentalmente presentes, bem como o seu sacrifício oferecido na cruz.

Na anamnese, a Igreja relembra a paixão e ressurreição de Cristo e apresenta ao Pai a oferenda do seu Filho.

Na consagração compartilhamos a gloriosa ressurreição de Cristo, à medida que o seu Espírito faz dissipar-se em nós a falta de amor por Deus e pelos nossos semelhantes.

Ao mesmo tempo que o pão e o vinho são transformados no corpo e sangue de Jesus, ocorre também uma transformação espiritual em todos os que participam na Eucaristia.

3.3. Ritos da comunhão

A Missa é simultaneamente o memorial sacrificial em que se perpetua o sacrifício da cruz e o banquete sagrado da comunhão do corpo e sangue do Senhor. Mas a celebração do sacrifício eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão.

"Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós" (Jo 6, 53).

Para respondermos a este convite, precisamos preparar-nos, através do sacramento da Reconciliação, do jejum prescrito pela Igreja e estando em união com os nossos irmãos. Por isso, os ritos da comunhão iniciam-se com a oração do Pai-nosso, que é a oração do relacionamento.

4 - RITOS FINAIS

Durante a bênção, que é o rito final, o padre, pelo poder da sagrada Ordem, envia os fiéis a dar testemunho, a amar e servir os irmãos.


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